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The Maine - Lovely, Little, Lonely Tour

Gabrielli Salviano e Michelly Souza

O The Maine é uma daquelas bandas que a gente nunca acha que todo mundo conhece, afinal, os caras não têm uma presença no mainstream (pelo menos não até agora). Mas quando chegamos no show e nos deparamos com uma casa cheia, percebemos que não é bem assim… Esse foi o cenário do primeiro show da tour “Lovely, Little, Lonely”, em São Paulo, no Tropical Butantã.


Os americanos começaram a dar seus primeiros passos no Brasil, na mesma época em que nomes como All Time Low, A Rocket To The Moon, Never Shout Never e Mayday Parade se popularizavam por aqui. Mas, a banda do Arizona foi a única que de lá pra cá conseguiu manter um papel ativo com o público brasileiro. O The Maine sempre realiza tours de todos os seus discos nas nossas capitais, tem um fandom fiel e realiza ações interessantes, como o Meet and Greet gratuito, afinal: why would you pay to meet a human being?


Agora, vamos deixar o lado jornalístico de lado para contar o que vimos na apresentação como fãs.



Meet and Greet


Sem atrasos significativos, o Meet and Greet começou com uma grande surpresa: não teve grandes transtornos e estava aparentemente organizado. O motivo para o choque foi aquela velha história: os fãs do The Maine não gostaram muito de saber que a banda atenderia 10 fãs por vez e temiam que o esperado momento fosse corrido, como foi em turnês passadas.


Dessa vez, mesmo com grupos grandes, foi possível falar com cada um dos integrantes, que inclusive arriscaram um português básico, dar um abraço, posar para foto (e às vezes selfies sorrateiras) - e, a melhor parte, sem grades! Para quem não pôde fazer o stalk, foi uma ocasião bacana.


A única falha foi quanto ao controle. Os fãs faziam fila na pista, subiam ao camarote e retornavam à pista, facilitando o retorno para a fila do meet and greet. Alguns momentos, a fila inicial ficou sem seguranças por perto. Aproveitou quem pôde ;)


Abertura


Se sua ficha não caiu até agora, a gente conta: o Michael Band, músico que ganhou a batalha de bandas, é um rostinho conhecido: ele era um dos vocalistas da boyband P9. Agora em carreira solo e com uma pegada acústica, Michael tocou cerca de 10 músicas, entre sons autorais e dois covers.


A plateia, ainda enchendo aos poucos, respondeu bem. Interagia com Michael com palmas, cabeças balançando e gritos. Mas nada se comparou ao momento em que o cantor tocou “Take Me Dancing”, do The Maine.


Michael mandou bem ao escolher uma música da banda principal da noite, mas não apenas por esse motivo. Ele poderia ter escolhido um single, mas optou por tocar uma música nada clichê: o resultado foi uma plateia cantando até mais alto que o próprio músico.




O show


Surpreender depois de quatro passagens pelo Brasil é difícil, mas a turnê de “Lovely, Little, Lonely” conseguiu esse feito. Pra começar, a abertura foi uma das melhores (se não a melhor) nestes anos todos. Com luz baixa, fumaça e um trecho de “Lovely”, a banda introduziu a ótima “Black Butterflies & Dèja Vú”. Com uma música tão enérgica, o público já começou o show matando a saudade com a energia lá no topo.


Em sequência, veio “Am I Pretty?”. A partir daí, o vocalista, John O’Callaghan, começou a roubar a cena por interagir com a plateia. Nessa música, ele pediu para que a galera abrisse uma roda para que alguns fãs fizessem uns passos de dança. A energia não baixou quando a banda anunciou a próxima sequência de hinos: “Like We Did (Windows Down)” e “(Un)Lost”.




Ao tocar “My Heroine”, John disse o que todo fã ama ouvir: pediu que a galera deixasse todas as preocupações, frustrações e coisas ruins do lado de fora e que todo mundo se concentrasse no que acontecia entre aquelas quatro paredes. Disse que era o momento entre a banda e os fãs. E, de fato, foi!


Ah, nessa hora, ele também pediu que o pessoal abaixasse os celulares. Quem foi na tour de “American Candy” lembra bem que o show do The Maine não é um show dos Jonas Brothers!


Outros momentos que merecem destaque foram o revival às raízes da banda com “The Way We Talk”, um dos primeiros sons do The Maine, e uma música inédita na setlist: “How Do You Feel?”.


A banda estava muito bem ensaiada, as guitarras de Jared e Kennedy eram um show à parte, mas quem se destacou mesmo foi John, com uma animação muito acima da que a gente já tinha visto.



A parte mais doida foi quando antes de “Girls Do What They Want” John deu uma de homem-aranha escalou caixas de som, se pendurou na estrutura de ferro do teto da casa de shows e se balançou sobre a plateia. Depois, de cima das caixas, ele anunciou a música. E não parou por aí, no meio da faixa, ele chamou um fã da plateia, Vinícius, carinhosamente apelidado por John de "V", e pediu para que ele cantasse o refrão da música. Ainda bem que ele cantou certo e que não vai virar piada no fandom!


Se tivermos que apontar algo negativo seria a ausência de mais músicas do novo álbum. A apresentação durou 1 hora e 25 minutos e das 18 faixas tocadas, apenas cinco fazem parte de “Lovely, Little, Lonely”.


De resto, a estreia da tour no Brasil teve um saldo muito mais que positivo. Foi em uma casa de shows mais arejada e espaçosa, e com palco alto. Para encerrar uma apresentação desse nível, “Another Night On Mars” foi a escolha perfeita com um grande espírito de amizade pairando no palco e na plateia.



Setlist:

1 - Black Butterflies & Dèja Vú

2 - Am I Pretty?

3 - Like We Did (Windows Down)

4 - (Un)Lost

5 - My Heroine

6 - We All Roll Along

7 - The Way We Talk

8 - English Girls

9 - How Do You Feel?

10 - Take What You Can Carry

11 - Lost In Nostalgia

12 - Right Girl

13 - Raining In Paris

14 - Girls Do What They Want

15 - Diet Soda Society

16 - Do You Remember? (The Other Half Of 23)

17 - Bad Behavior

18 - Another Night On Mars

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