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Crooked Shadows faixa a faixa

Michelly Souza

Oito anos separam o último álbum do Dashboard Confessional, "Alter the Ending", do lançamento de 2018, "Crooked Shadows".

O sétimo disco da carreira banda era um dos mais aguardados pela equipe do Not Dead! e marca a estreia da parceria entre o quarteto e o selo Fueled By Ramen.

São nove novas músicas inéditas, das quais três já são conhecidas pelo público: o carro-chefe "We Fight", a parceria com o trio Cash Cash em "Belong" e a balada "Heart Beat Here". E para fazer jus a um comeback desses, nós vamos falar um pouco de cada faixa.

O álbum começa com a forte "We Fight", que, não à toa, foi escolhida como o primeiro single dessa nova era e entrou para a nossa playlist de ano novo. Esse é um abre de peso, que mostra o melhor do Dashboard lirica e melodicamente.

A faixa seguinte, "Catch You", mantém a linha que mostra o tema principal do álbum: união. Ao longo da discografia do grupo a presença do "eu" como eu-lírico das canções é central, mas, para "Crooked Shadows", Chris Carrabba decidiu mudar de tom ao usar muito mais o termo "nós". O destaque fica por conta do baterista Mike Marsh, duvidamos que você resista a um drum air ao ouvir as linhas de bateria.

Em seguida, temos "About Us" que começa a fazer a transição para o lado mais pop que o disco carrega. Nessa, em particular, temos um uso sutil de sintetizadores ao fundo.

Já a balada "Heart Beat Here" mostra que o bom e velho Dashboard Confessional está vivo e pronto para acertar em cheio nossa veia emo. É uma canção clássica, que deixa a letra em evidência, trazendo o violão como suporte.

Voltamos para o lado pop da força com o primeiro feat do álbum, "Belong". A parceria com o trio Cash Cash traz uma vibe mais alegre e indica que esse é um comeback que não leva a banda de volta ao mesmo ponto - ao contrário, vai além do que o público está acostumado.

A mesma onda pode ser sentida em "Crooked Shadows". Está é a canção de menor duração do disco, mas fica a ressalva de que, embora seja boa, a letra consiste basicamente em um refrão repetitivo.

Em "Open My Eyes" está a segunda participação especial, desta vez da violinista Lindsey Stirling, que também faz backing vocals em alguns momentos. A junção da voz carregada de Carrabba com a melodia de um instrumento como o violino, que pouco é utilizado no emocore, traz uma roupagem nova ao som e merece a devida atenção.

Agora vamos falar de "Be Alright", que já no fim do álbum retoma a energia presente em "We Fight". A música cresce ao longo de seus três minutos de duração e para quem está passando por um momento difícil é uma ótima pedida para renovar os ânimos e seguir em frente. Quer uma prova do quão especial é essa jam? Ela já entrou para a lista de melhores da semana da Apple Music.

E para finalizar mais uma balada, "Just What To Say", com a participação de Chrissy Costanza, vocalista do Against The Current. Este é o melhor feat do disco, uma combinação de vozes e letra de peso que resultam em uma música leve e gostosa de ouvir.

O nosso veredito é que "Crooked Shadows", apesar de não ser um daqueles álbuns que mudam o modo que você vê o mundo ou o gênero, tem grande valor.

A banda traz um disco que respeita sua trajetória, mantém a essência que faz de Dashboard Confessional uma referência em emocore e aponta mudanças para a nova fase que começa agora. Algo natural para quem está há 15 anos na estrada.

E vocês, o que pensam da volta dos "reis" do emo? Dê o play e nos contem!

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