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Os melhores lançamentos de janeiro

Michelly Souza

2019 chegou e isso significa novidades para a playlist. E se os lançamentos de janeiro são um indicativo da qualidade, o ano será tão forte quanto os antecessores. De sons que já estavam no radar Not Dead! a boas surpresas, na lista abaixo você descobre quais discos fizeram parte da nossa trilha sonora nos últimos dias.

"Empatia" - Hurry Up

Nossa lista começa com o Hurry Up mostrando que as produções nacionais não ficam devendo para as gringas.

"Empatia" é o novo trabalho dos paulistas e traz um pop-punk com influências de hardcore melódico dos anos 1990. Como o próprio nome deixa claro, a missão do disco é abrir diálogo e se colocar no lugar do outro. Seja abordando questões ainda consideradas tabu como a depressão (tema de "Good Days, Bad Days") ou dando aquele puxão de orelha na intolerância sobre diversos assuntos.

A banda, que está na ativa desde 2006, tem como marca brincar com as composições, trazendo letras em inglês e português, às vezes, na mesma música, como é o caso de "O Mundo é Meio Bosta (But I Like It)" e "Goddamit, Mulder!". É o tipo de risco que faz o trabalho se destacar. Para completar, as mensagens são embaladas por instrumentais caprichados. Chama atenção o muito bem explorado baixo.

Se você curtiu o som dos caras então fica ligado pois em em breve tem entrevista exclusiva.

"Time" - Hold Close

Ser uma das promessas do principal selo da cena é, ao mesmo tempo, um elogio e uma responsabilidade grande. A estreia do Hold Close na Hopeless Records vem para provar mais uma vez que o selo tem ouvidos muito bem afinados.

Um dos pontos fortes de "Time" é a versatilidade de Braxton Smiley em faixas como o single "Breath", que evidenciam a capacidade do frontman de guiar o ouvinte dos pontos mais suaves até os de tensão e entrega total na música.

Este não é um debut perfeito, já que as músicas tem uma vibe similar ao lingo de todo o disco, mas dá o tom do que o banda pode oferecer com um pouco mais de experiência. A gente já deixa avisado que você provavelmente vai precisar dar mais de um play para sentir as músicas e pegar os detalhes que fazem delas acertos.

"Twenty" - Taking Back Sunday

O Taking Back Sunday completa 20 anos de estrada este ano e parte da comemoração aconteceu no dia 11 com o lançamento "Twenty". A trajetória e evolução musical dos nativos de Long Island é contada ao longo de 21 canções, a primeira sendo a icônica “Cute Without The ‘E’ (Cut From The Team)”.

As novidades do disco ficam por conta duas inéditas."All Ready To Go” tem guitarras e bateria de peso que conseguem equilibrar a melancolia da letra, criando um belo contraste e fazendo a transição certa para a faixa final, “A Song For Dan”. A canção é uma homenagem de Mark O'Connell a um amigo falecido em 2016.

O destaque do disco fica para a mixagem e masterização que soube encaixar duas décadas de técnicas de forma suave e coesa. Do som cru do fim dos anos 1999 até a produção menos agressiva e com pegada de rock alternativo, não há um momento sequer de mudança abrupta. Um feito que poucos "greatests hits" são capazes de atingir.

De modo geral "Twenty" é uma boa lembrança da história do Taking Back Sunday e deixa pistas sutis sobre o que está por vir. E nós temos a chance de ter tudo ao vivo durante a turnê brasileira no próximo mês.

"(This Is) Heaven” - Young Culture"

Com licença State Champs, temos uma nova banda favorita vinda de Albany.

"(This Is) Heaven" marca a estreia do Young Culture no casting da Equal Vision Records de forma muito positiva.

Se você também deixou o som dos caras passar até agora, aqui vai um resumo da história da banda. Tudo começou em 2016 com Gabe Pietrafesa na guitarra principal e Alex Magnan nos vocais, no mesmo ano o duo lançou o EP "You" com oito faixas daquele pop-punk genérico que a gente adora e uma delas, inclusive, contou com a participação de Derek DiScanio. Já em 2018, veio "Blue" ainda apostando forte no gênero mas já apontando uma mudança na sonoridade e trazendo outras influências.

Em apenas dois anos o projeto passou por grandes transformações. Troy Burchett (guitarra de apoio) e Nick Cavin (bateria) entraram para a formação, um contrato foi assinado e pessoalmente os músicos tiveram experiências que deixaram marcas profundas. O reflexo disso fica claro em casa uma das composições.

I’ve been waking up with the sunset, tried my best to fix this mindset” - é assim que somos cativadas desde o início. Com instrumentais marcantes e vocais que emanam emoção, "Deluxe" coloca as expectativas no alto desde o começo. A faixa seguinte, "Breath In", também nos ganhou de cara por ser daquelas que fazem dançar.

Depois de duas músicas que enfatizam o lado punk, "Never Change" faz a transição para o pop ao abusar (no bom sentido) dos elementos característicos do lo-fi. É a track que mais se difere das cinco e o link certo para "Drift", o enceramento que deixa aquele gosto de quero mais.

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