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Setembro amarelo: o pop-punk te ajudará a perceber que você não está sozinho

Gabrielli Salviano

Chega ao fim o mês de setembro e com ele a campanha “Setembro Amarelo”, que busca discutir e conscientizar o máximo de pessoas a respeito do suicídio, que costuma estar fortemente relacionado à depressão, à ansiedade e transtorno de bipolaridade, sem falar de outras possíveis causas.

O assunto ainda é considerado um grande tabu e é pouco comentado, tanto pela mídia quanto em rodas de conversa. Mas aqui, no Not Dead!, nós acreditamos é preciso falar muito sobre o suicídio para evitar que mais pessoas sejam afetadas por este problema.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 3 mil pessoas tiram sua própria vida diariamente. Isso precisa mudar! Neste ano, o assunto ganhou ainda mais proporção devido às mortes precoces de Chris Cornell e Chester Bennington.

Por isso, decidimos fazer este especial para mostrar a você como o pop-punk trata o assunto e como as bandas e festivais usam sua influência para conscientizar os fãs a respeito do suicídio. Dá uma olhada!

Música faz bem!

Se tem uma coisa que faz bem é música. Afinal, quem nunca se sentiu compreendido depois de ouvir uma música triste em que é possível se identificar com cada verso? Pois é, funciona mesmo. Diversos estudos já atestaram os benefícios das canções tristes nas nossas vidas.

Pesquisadoras da Free University de Berlim, em 2014, afirmaram que o papel dessas faixas é consolar e servir como um ombro amigo. Elas são uma boa ideia para quem precisa exorcizar sentimentos ruins e evitar a angústia.

E disso o A Day To Remember sabe bem! Na faixa “Sometimes You're The Hammer, Sometimes You're The Nail”, os caras lembram: “that’s why sad songs make me happy, ‘cause I don’t have to feel alone”.

Faixas que falam sobre suicídio

“Adam’s Song” – blink-182

Quando se fala em suicídio e pop-punk, muitas pessoas já pensam em “Adam’s Song”, um dos clássicos do blink-182. A faixa é baseada em uma história real de um garoto que se suicidou porque sofria bullying na escola. A única diferença é que Adam sobrevive no final da música. Tom DeLonge e Mark Hoppus tinham como objetivo conscientizar e passar uma mensagem positiva com “Adam’s Song”. O blink ficou anos sem tocar a canção.

“Lullabies” - All Time Low

Alex Gaskarth sentiu na pele a dor do suicídio, depois da morte de seu irmão mais velho. A música faz um relato da história e conta quais foram os efeitos sentidos pela família depois do ato. Essa é uma música que o All Time Low não costuma tocar.

Pessoas que conscientizam

Na cena pop-punk existem muitos músicos e outras personalidades que usam sua influência para conscientizar os fãs sobre o suicídio. Neste meio, o assunto tem ganhado cada vez mais visibilidade, mas vamos citar apenas alguns.

Kevin Lyman

A Warped Tour é mais que um festival de música. Além dos palcos com dezenas de bandas da cena punk, Kevin Lyman, o fundador, abre espaço para ONGs. Entre elas estão as organizações de prevenção ao suicídio.

Uma das ONGs que marca presença em festivais como a Warped Tour é a Hope For The Day (http://www.hftd.org/) e a To Write Love On Her Arms (https://twloha.com/). Conheça estes trabalhos.

Real Friends

Além das músicas que são verdadeiros remédios, o Real Friends sabe da importância da conscientização e abre espaço em seus shows para um trabalho em conjunto com a Hope For The Day, que você viu acima. Na barraca de merch da banda, é possível encontrar folhetos sobre prevenção ao suicídio.

Neck Deep

Neste mês, o Neck Deep aproveitou o seu espaço para deixar também a sua mensagem para os fãs no Twitter. Veja:

Hopeless Records

Uma das gravadoras independentes mais influentes do pop-punk é a Hopeless Records. Mas além de seu casting principal, a Hopeless tem um selo próprio, a Sub City Records, que tem como objetivo arrecadar fundos para instituições beneficentes.

Entre as ONGs ajudadas estão as que prestam apoio para quem está lidando com depressão e doenças similares. Desde 1999, o selo já conseguiu levantar US$ 2,5 milhões.

No Alternative Music Awards desse ano, Dan Campbell falou sobre a iniciativa da Hopeless Records. Antes do vocalista do The Wonder Years, quem deu um depoimento sobre a importância da discussão da depressão e do suicídio foi Patty Walters, do As It Is, que, inclusive, deu seu relato pessoal.

Peça ajuda!

Se você chegou até aqui e não sabe como pedir ajuda, saiba que você tem algumas opções. Antes de tudo busque conversar com pessoas que você confie, como seus familiares ou amigos mais próximos. Se preferir, existem diversas ONGs com foco em ajudar pessoas que estão considerando o suicídio.

Por fim, disque 188 e entre em contato com o Centro de Valorização da Vida. O atendimento é voluntário e de graça. Além disso, o telefone está disponível 24h por dia e a conversa será mantida em sigilo. Só não desista de você!

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