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SWMRS é bem mais que a banda do filho do Billie Joe Armstrong

Gabrielli Salviano

Se você ainda não conhece o SWMRS, não se preocupe! Vamos fazer esse favor a você e te dar bons motivos para gostar dos caras pela sua qualidade musical e não por apenas ser a banda de Joey, o filho de Billie Joe Armstrong, o vocalista do Green Day.

Caso você queira ouvir uma banda com atitude punk, mas com um som mais moderno, catchy e com influências da cultura pop, então o SWMRS deveria ecoar nos seus fones de ouvido agora mesmo! E, por mais que não pareça, os caras têm muito a ver com a cena de pop-punk.

Vamos contextualizar o SWMRS

O SWMRS é formado por quatro caras que estão com seus vinte e poucos anos: Cole, Seb, Joey e Max. Mas quando tudo começou, eles eram apenas pré-adolescentes. Cole, Joey e Max começaram a fazer sons juntos em meados de 2004, quando ainda se chamavam Emily’s Army.

A banda existiu com esse nome até 2014 e, durante essa fase, tinha uma sonoridade bem diferente do que pode ser escutado hoje em dia. O Emily’s Army tocava basicamente pop-punk. Mas apesar de ser um grupo que se destacava sonoramente da cena, por ser madura musicalmente, cheia de referências de um rock dos anos 1950, mas com vários elementos do sub-gênero, o Emily’s Army estava longe de ser original.

Com o lançamento do primeiro disco, “Don’t Be A Dick”, os caras conseguiram ser notados pela mídia, afinal, o debut contava com produção de Billie Joe Armstrong. Mas, um review de 2011, da Alternative Press, analisa que o álbum traz muitas referências dos primeiros anos do Green Day, tanto sonoramente, quanto (pasmem!) até nos títulos das canções.

Emily’s Army Adeline RecordsRise RecordsMan Overboard

Com “Lost At Seventeen”, o Emily’s Army começou a se aproximar do que faz hoje: os vocais de Cole, começaram a ser mais bem explorados e a trazer mais identidade. As letras passaram a ser mais incisivas e a banda aos poucos foi se afastando da sonoridade parecida com o Green Day.

SWMRS está trazendo uma nova cara para o punk

Quando você escutar uma música como a ótima “Lose It”, você jamais pensará que é de uma banda punk. Mas quando ouvir uma faixa como “Harry Dean”, dirá que o gênero está longe de estar morto. Acontece que as duas músicas fazem parte do primeiro disco dos caras como SWMRS, o “Drive North”.

A banda tem feito músicas rápidas, cruas e bem ríspidas. Vale destacar também algumas letras que dão um gosto da atitude da banda. “Miley” foi feita como homenagem à Miley Cyrus, obviamente, e diz que a cantora é a rainha do punk. “Drive North” vai te pegar pelo fato de ir contra tudo que se ouve por aí: os caras listam os motivos pelos quais odeiam Los Angeles, desde o glamour de Hollywood até os problemas com abastecimento com água.

Ainda devemos falar de “Silver Bullet”, que fala sobre se manter fiel às suas raízes e ideologias, por mais que existam pessoas que queiram te corromper, e “Uncool”, faixa em que Joey mostra suas habilidades como baterista.

A banda não abandonou suas raízes e ainda está muito ligada ao pop-punk

Não, o SWMRS não tem vocais melódicos e pegadas de guitarra que lembrem State Champs ou Neck Deep. No entanto é possível encontrar referências para fazer essa ponte. Muitas músicas da banda trazem refrões bem grudentos, como “Miss Yer Kiss” e “Turn Up”, sem falar que essas faixas contam histórias de amor, mesmo que seja do jeito do SWMRS. Outra faixa de “Drive North” que faz lembrar as raízes da banda é “Figuring Out”, que fala sobre a busca incessante de recém adultos pela sua identidade e tem muitos “whoa-oh”.

E, por mais que o SWMRS se diferencie musicalmente das outras bandas da cena de pop-punk atualmente, os caras já abriram shows para o Fall Out Boy e fizeram parte da turnê “The Young Renegades”, do All Time Low, junto do Waterparks.

Mais do que você pode ouvir no Spotify

Uma publicação no grupo “Defend Pop-Punk”, no Facebook, diz o que muita gente pensa: “alguém pode me explicar o SWMRS? Vi ao vivo e não entendi nada!”. Uma galera pode estranhar o fato de Cole aparecer em alguns shows usando saias e vestidos. Mas qual é o problema disso?

Os integrantes se posicionam politicamente (coisa que anda faltando e que nunca é demais!). Segundo uma publicação da Rolling Stone, SWMRS é uma banda altamente influenciada pelo riot grrrl, por mais que seja formada por meninos, e a bagagem de Berkeley de Cole ajuda a somar no discurso da banda. A herança punk, que vem do berço literalmente, também conta a favor do SWMRS.

E aí? Vale à pena dar uma chance à banda?

Foto: Divulgação

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