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Os melhores discos de pop-punk de 2017 pelo Not Dead!

Gabrielli Salviano e Michelly Souza

Vamos combinar: 2017 foi um puta ano para o pop-punk em termos de música! Apesar dos escândalos sexuais envolvendo bandas da cena e do fim da Warped Tour, muitos músicos lançaram discos incríveis, que com certeza serão lembrados daqui um tempo, e que só provam que Pop-Punk Is Not Dead!

Pensando nisso, listamos nossos lançamentos favoritos do ano. Dá uma olhada e conte pra gente se você concorda ou sentiu falta de alguém por aqui!

10. “Burst & Decay (An Acoustic EP)” - The Wonder Years

The Wonder Years já é um clássico do pop-punk e disso ninguém pode discordar. Os caras se estabeleceram como uma banda essencial para quem quer ouvir letras tristes e pessoais, que geram identificação.

Burst & Decay (An Acoustic EP)” entra nessa lista justamente por ser um compilado acústico de tudo isso.

A banda relembrou clássicos mais que necessários como “There, There”, “Cardinals” e “Dismantling Summer”. Mas sentimos falta de “Passing Through A Screendoor” e “Came Out Swinging”, além de uma menção a “The Upsides”.

9. “Great Heights & Nosedives” - ROAM

Great Heights & Nosedives” entra aqui por ser uma evolução clara do ROAM em relação ao debut, “Backbone”, do ano passado. Ele é muito mais bem gravado que o antecessor e, também, deixa clara a evolução dos músicos.

Apesar de ser bem básico, com os riffs que todo fã de pop-punk já ouviu em algum outro lugar, e com as clássicas temáticas adolescentes, o ROAM fez a lição de casa direitinho e entregou um disco satisfatório. Mas agora eles precisam se superar ainda mais no sucessor.

Nossas favoritas são “The Rich Life Of A Poor Man”, “Guilty Mellody” e “Flatline”.

8. “Last Young Renegade” - All Time Low

O All Time Low quebrou as próprias regras com o lançamento do disco “Last Young Renegade”. Isso porque a banda fez pela primeira vez um disco que escapava da identidade pop-punk, tão característica dela.

Mas essa é justamente a melhor parte de “Last Young Renegade”. É bom ver que o All Time Low consegue se expressar fora de sua fórmula, entrar em um universo mais dark e, mesmo assim, criar hits.

Além disso, as letras de Alex Gaskarth se mostram bem amadurecidas. As histórias contadas nas músicas não são tão divertidas e foram inspiradas nas vivências do vocalista. Os destaques? As letras lindas de “Nightmares”, “Ground Control” e “Good Times”, sem falar da viciante “Drugs & Candy”.

7. “lovely, little, lonely” - The Maine

Esse foi um ponto em que nós concordamos em discordar.

Por um lado “lovely, little, lonely” não é o melhor disco da carreira do The Maine, mas é um álbum que fez um bom trabalho neste ano, pois é 100% independente e conta com forte identidade visual. O disco também é ousado e traz vários interlúdios entre as faixas, que marcam o disco como espécies de capítulos.

E é justamente essa divisão de temas que faz com que o disco leve quem o ouve a uma viagem. A inclusão dos interlúdios fez com que a transição entre as faixas acontecesse de forma natural e fluída.

Entre os destaques do álbum estão faixas como “How Do You Feel?”, que emplacou como um hino entre os fãs, a energética “Black Butterflies & Déjà Vu” e “Taxi”, música com maior potencial de single do trabalho.

No entanto, o item que parece contar como ponto positivo do álbum (o excesso de interlúdios) parece ocupar o espaço dar lugar para músicas completas, com as ótimas letras de John O’Callaghan.

O principal ponto baixo do talvez seja o primeiro single do trabalho, “Bad Behavior”. Ela parece ser uma réplica da fórmula de “English Girls”, do antecessor “American Candy”.

6. “Shapeshifter” - Knuckle Puck

O Knuckle Puck é uma das bandas que lançou seu segundo disco em 2017 para consolidar a carreira na cena.

Shapeshifter” estabeleceu os caras como experts em letras introspectivas e emotivas, acompanhadas de todo um capricho melódico.

Destaques? “Everyone Lies To Me”, uma das mais pesadas da discografia da banda, que mostra as influências de hardcore dos caras (com letra política, vocais urgentes e som rápido e raivoso). Também não dá pra ignorar os singles “Gone” e “Double Helix”, que têm refrões contagiantes, feitos especialmente para circle pits.

A banda ainda consegue trazer uma introdução sombria com “Nervous Passenger” e músicas bonitinhas, como “Want Me Around” e “Wait”.

5. “okay.” - As It Is

okay.” foi um dos primeiros lançamentos de 2017 e conseguiu se garantir entre tantos outros títulos neste ano. Isso porque o álbum dos britânicos consolidou a banda. O último disco “Never Happy, Ever After” é ótimo e cheio de hinos tristes, mas “okay.” é ainda melhor por ser menos previsível.

Faixas como “Soap” e “Austen” mostram que a banda tem sim capacidade de fugir do lugar comum do gênero. “No Way Out” traz a urgência da letra de forma coerente no vocal, na melodia e até no clipe.

No que o As It Is ainda peca é na forma que trabalha o vocal de Patty Walters, vocalista de voz extremamente aguda. Quando Patty transita nos graves, ele arrasa. Quando parte pras notas altas, fica no limite do enjoativo.

Prova disso é a faixa que dá nome ao disco, que na versão em estúdio tem um refrão com notas de vocais muito altas. Já na versão acústica, Patty parte pros graves e torna o som muito mais agradável.

4. “Adornment” - Grayscale

O Grayscale é uma banda que ainda está dando seus primeiros passos na cena, mas que já merece estar aqui. Isso porque “Adornment” é um debut de qualidade. O trabalho já começa bonito pela capa e contracapa, que introduzem o disco com uma arte muito bem feita, cheia de elementos subliminares que você não enxerga de primeira.

Ao dar o play, ouvimos a voz de Collin Patrick Walsh, que é daquelas gostosas de se ouvir, nem muito grave nem muito aguda, mas potente o suficiente para transitar por notas altas e baixas sem parecer forçado. Em faixas como “Let It Rain”, “Mum”, “Forever Yours” e “Slept”, os integrantes mostram uma capacidade incrível de compositores. O disco também tem um dos feats mais legais do ano, com Patty Walters em “Come Undone”.

Em contrapartida, o que falta ao Grayscale para chegar ao topo da nossa lista é um pouco mais de criatividade melódica. Isso porque (a embora ótima) “Forever Yours” tem a mesma batida de violão durante toda a sua duração, mesmo em momentos mais dramáticos e explosivos e isso faz dela uma faixa cansativa.

3. “Vacation” - Seaway

Vacation” é o segundo álbum do Seaway e, para consolidar a identidade da banda, os caras decidiram dar uma guinada ainda mais forte para o pop. Se engana quem pensa que isso é um defeito.

O disco é pop na medida. Não abusa de elementos sonoros clichês, daqueles que prejudicam mais que ajudam as músicas. Mesmo assim, as faixas têm estilo chiclete e caem no nosso gosto.

As letras das maiorias das canções são de uma simplicidade difícil de se alcançar. Cada faixa traça cenários diferentes com muita naturalidade e esse é um trunfo do disco. O destaque, em nossa opinião é “Misery In You”, uma faixa que fala de saúde mental do jeito mais adorável possível e se torna o ombro amigo que o fã de pop-punk tanto procura.

2. “California (Deluxe)” - blink-182

O blink-182 veio de uma fase turbulenta, com a saída (meio que expulsão) de Tom DeLonge e marcou 2016 com o lançamento de “California”, o primeiro com Matt Skiba. A partir daí, os caras provaram que estavam com a criatividade e a boa vontade em relação à banda a todo o vapor e lançaram uma versão deluxe com 11 faixas inéditas para o álbum.

California (Deluxe)” é ainda melhor que sua primeira versão, muito criticada pelas letras adolescentes em excesso e pela quantidade de “nananas” nas músicas.

Além de evitar clichês, traz o melhor do blink em diversas faixas: um pouco do experimentalismo do “self-titled” em “6/8”, a jovialidade de “Enema Of The State” em “Parking Lot” e as gracinhas de “Take Off Your Pants And Jacket” em "Can’t Get You More Pregnant”.

Faltou só trabalhar as faixas de forma um pouco mais ampla, afinal, o “California (Deluxe)” merecia singles e clipes.

1. “The Peace And The Panic” - Neck Deep

Ok, nós somos fãs assumidas de Neck Deep, mas temos bons motivos para colocar a banda no primeiro lugar (na frente até de bandas como o blink-182 e o All Time Low). “The Peace And The Panic” é a evolução natural de “Life’s Not Out To Get You” e faz a transição perfeita da positividade para os tempos ruins.

É possível sentir como a banda tratou com sinceridade episódios ruins retratados no disco, como a morte de Terry Barlow, o pai do vocalista Ben, nos vocais embargados de “19 Seventy Sumthin’”. Outra faixa emocionante é “Wish You Were Here”, na qual Ben e Fil dividem vocais sinceros em uma letra em que ambos se identificam.

E, mesmo com a vibe dark, o disco ainda tem espaço para discutir questões políticas e religiosas, como em “Happy Judgement Day”, “Don’t Wait” e “Where Do We Go When We Go”, respectivamente.

"The Peace And The Panic" ainda se destaca pela pluralidade de elementos que traz. O pop-punk característico dos britânicos está presente mas as composições transendem esse rótulo.

O Neck Deep também tem linhas de melódicas mais criativas e menos clichês, dentro do universo do pop-punk. “19 Seventy Sumthin’”, por exemplo, leva como a melhor em termos sonoros, uma vez que o som evolui com a narrativa e explode de um jeito emocionante!

Ainda tem o encarte caprichado, que conta até com cartões holográficos dos integrantes, ilustrações, mensagens subliminares… Motivo final? “The Peace And The Panic” é o álbum que traz o hit do ano (em termos de pop-punk): “In Bloom”.

E aí, concorda com a gente? Conte nos comentários!

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