Em 2018, essa cena não parou. Com diversos lançamentos de álbuns a cada fim de semana e muitos videoclipes pipocando ao longo dos dias, podemos afirmar que várias novidades embalaram a rotina dos fãs de pop-punk. Mas os tempos são outros. Ao contrário de 2017, em que escolhemos sem grandes dificuldades os principais singles do ano, em 2018 foi um pouco diferente.
Mesmo que tenham sido diversos lançamentos, poucos tiveram grande impacto duradouro, enquanto muitos caíram no limbo do "mais do mesmo". Ainda assim, escolhemos os 10 singles mais criativos e marcantes de 2018. Você confere abaixo:
“Birthday” - All Time Low
O All Time Low sempre foi a banda das festas, seja pela personalidades de seus integrantes ou pela própria música em si. Mas, ao longo da discografia, os americanos de Baltimore se arriscaram e chegaram a entregar letras densas, bem construídas e por vezes até sombrias, como no último álbum, “Last Young Renegade”. Só que essa era acabou a tempo da banda resgatar a sua característica festeira bem no verão. O resultado foi um hit dançante, chiclete e colorido, que faria jus a discos como “Dirty Work”, o single “Birthday”.
“Lost My Cool” - Stand Atlantic “Essa é uma música sobre um cara idiota”, disse Bonnie Fraser, a vocalista do Stand Atlantic antes de tocar “Lost My Cool” em um show intimista para fãs em uma loja de discos da Inglaterra. A faixa percorre alguns sentimentos pós-términos, como a confusão de saber se você fez a escolha certa em pôr um final na história, as possíveis decepções com a pessoa e alguns arrependimentos que poderiam ter mudado o desfecho do relacionamento. A melodia da música complementa a história perfeitamente, sendo uma balada elétrica que explode em momentos de catarse.
“Vanilla-Scented Laser Beams” - Homesafe Mais um música que começa explosiva e se desenvolve de um jeito bem pra cima e dançante. “Vanilla-Scented Laser Beams”, do Homesafe, também tem riffs de guitarra super criativos que fazem com que a faixa nunca fique previsível ou entediante.
“Chasing Feelings” - Story Untold Ao longo do ano, o Story Untold trabalhou o seu disco de estreia, “Waves”, que é recheado de pop-punk bangerz. Mas, quando você chega ao final do álbum, se depara com a faixa “Chasing Feelings”, que se destaca pelo grave do baixo, pelo clima low e pela extensão vocal de Janick Thibault. Em entrevista ao Not Dead!, o vocalista só confirmou nossas teorias: a ruptura da faixa com o clima do trabalho deve nortear a banda em um futuro lançamento.
“From The Outside” - Real Friends Uma música sobre se mostrar bem do lado de fora, mas de sentir o completo oposto por dentro. O Real Friends trabalhou muito bem esse conceito ao longo de “Composure”, especialmente em “From The Outside”. A faixa explora os sentimentos do vocalista Dan Lambton, que passou os primeiros meses de 2018 trabalhando em sua saúde mental. Com melodias alegres e letra impactante, a ideia central da música foi explorada em todos os sentidos. Outro destaque são os vocais rasgados.
“It's Hard To Be Religious…” - Mayday Parade O Mayday Parade não lançava um disco que tivesse impacto na cena de pop-punk há alguns anos. Com “Sunnyland”, a banda voltou às suas raízes e já começou a animar seu público logo na divulgação da tracklist, quando os fãs viram uma música com título gigante, como nos velhos tempos: “It's Hard To Be Religious When Certain People Are Never Incinerated By Bolts Of Lightning”. Quando a música foi divulgada, a expectativa foi superada graças a uma faixa rápida, intensa, com uma interpretação profunda do vocalista Derek Sanders e uma pegada que lembra as músicas antigas dos caras. Joinhas também para a banda afiadíssima, que dá start na música junta, com todos os seus elementos em ação desde o primeiro segundo.
“Crisis” - WSTR Antes de lançar “Identity Crisis”, o WSTR era conhecido como “aquela banda que é igual ao Neck Deep”. Mas essa comparação ficou com dias contados assim que a banda divulgou seu segundo disco e moldou melhor sua personalidade. “Crisis” é um destaque no álbum porque é uma faixa crítica ao comportamento social de pouca originalidade (o que pode soar até irônico) e mostra um lado diferente do vocalista Sammy Clifford como compositor. Isso porque o cara estava muito acostumado a escrever sobre histórias de amor e pouco habituado a refletir nas letras suas observações e críticas acerca do mundo.
“Aforementioned” - Bearings “Aforementioned” inaugurou a era “Blue In The Dark” e abriu espaço para o full length de estreia do Bearings. A música não poderia ser uma melhor porta-voz. Tem um início cativante, capaz de prender a atenção de qualquer ouvinte; um refrão fácil de pegar; e vocais trabalhados de uma forma não linear, que fazem a faixa ser surpreendente a cada etapa.
“You Can Count On Me” - Trophy Eyes Começando com um coro bem impactante (“Some of my friends sell drugs / I just sell sad sad songs to the ones who feel alone / You can count on me when it all goes wrong”), o Trophy Eyes entrega uma das faixas mais sinceras do ano em "You Can Count On Me". Na letra, o vocalista John Floreani abre o jogo sobre o seu passado com drogas, conta como lida com a pressão de ser um artista e revela um pouco dos bastidores da música atualmente. Além dos versos, outro destaque é o tom grave do vocalista que se sobressai em meio a todas as outras bandas.
“Upside Down” - The Story So Far Quando o The Story So Far decidiu quebrar o jejum de músicas inéditas, o público esperava o pop-punk enérgico e raivoso que era bem comum de encontrar em lançamentos antigos. No entanto, os californianos reapareceram com uma balada de amor que não lembra em nada qualquer outra produção da banda. Para alguns, a diferença foi difícil de engolir. Para outros, como nós, “Upside Down” só mostrou a versatilidade da banda e provou que os caras são capazes de se reinventar criativamente de um jeito muito verdadeiro.
Mas e para você, qual foi o melhor single de 2018?