Seja para testar b-sides, trazer releituras de músicas já lançadas, diminuir o tempo sem novidades entre um disco e outro, mostrar as primeiras gravações ou, até mesmo, reduzir custos de produção, os EPs são grandes aliados das bandas.
E em 2018 o recurso foi bastante usado tanto por nomes consolidados da cena quanto por aqueles que estão dando os primeiros passos. A equipe do Not Dead! selecionou os oito melhores lançamentos do ano. Será que vocês vão concordar com a gente?
“Violett Soul” - Never Shout Never
Mesmo que não seja pop-punk, gostamos de incluir o Never Shout Never no radar no Not Dead! pela importância que o projeto de Christofer Drew teve na cena internacional. E, ao longo a banda mudou muito! “Violett Soul” chamou a nossa atenção por ser uma volta às raízes do grupo. Inclusive, a onda nostálgica anda tão grande que o Never Shout Never passará pelo Brasil em janeiro para um show que mergulha no passado e encerra as atividades do trio!
“Acoustic Volume 2” - Bayside
O Bayside é uma banda clássica na história do pop-punk e já havia feito tributo aos seus hinos em um EP antes. Mas com o lançamento de novas músicas e com alguns singles na manga que mereciam ganhar versões acústicas gravadas, a banda decidiu lançar o “Acoustic Volume 2”, que conta com versões de faixas como “Sick Sick Sick” e “Pigsty”. Outro destaque é a inédita “It Don’t Exist”.
“Love Never/halfheart” - Jimmy Eat World
Outro clássico que merece entrar aqui é o Jimmy Eat World que veio em 2018 com outra novidade que ninguém estava esperando. Mesmo tendo deixado para trás o sucesso estrondoso de álbuns como “Bleed American”, a banda ainda se preocupa em entrar em estúdio e trazer novas faixas. “Love Never” é uma música pop-punk sobre amor com versos chicletes e melodia cativante. “half heart” é uma balada acústica que lembra alguns lançamentos anteriores da banda.
Shifted - Knuckle Puck
“Shapeshifter”, do Knuckle Puck, foi um dos melhores lançamentos de 2017 e ganhou uma releitura em 2018. Algumas faixas do álbum foram reformuladas e ganharam novas releituras no EP “Shifted” que só provam que a banda não fica presa em uma caixa e que se permite explorar novos sons e texturas de músicas que já foram lançadas.
“The Devil's Hands For Iddle Hands” - Wolf Culture
O Wolf Culture estreou muito bem este ano com um EP de quatro faixas que evidencia o pontencial do quarteto que aposta em letras bem escritas, instrumentais bem trabalhados com forte influência do lado punk do pop-punk sem abandonar o refrões catchy que são necessários em um primeiro momento para garantir espaço nas playlists do gênero.
“A Familiar Love” - Shaded
Depois de uma estreia sólida em 2017, o Shaded lançou um novo EP em outubro, consolidando assim seu espaço como um dos principais nomes representando a nova leva de pop-punk britânico. "A Familiar Love" traz uma evolução natural e equilibrada. Como o título sugere, o fio condutor aqui são as emoções vividas em diferentes fases de um relacionamento. Um tema comum do gênero, mas que é tratado com honestidade e simplicidade, sem soar forçado ou exagerado.
“Lake Effect Kid” - Fall Out Boy
O Fall Out Boy pode ter no decepcionado ao lançar “M A N I A”, mas eles nunca nos deixam na mão quando o assunto é marketing e sabem como ninguém se promover. Então visto que o full length lançado em janeiro desagradou muita gente, os americanos reapareceram em agosto com um EP surpresa que era tudo que muitos fãs pediam. “Lake Effect Kid” traz três músicas que resumem bem a personalidade do Fall Out Boy: aquele pop-punk dos primeiros álbuns mesclado com o pop adquirido ao longo dos anos, acompanhados dos vocais perfeitos de Patrick Stump com letras nostálgicas sobre Chicago. Forever a lake effect kid!
“Sundae Tracks” - Phone Trio
Bebendo mais na fonte do hardcore melódico dos anos 1990, mas sem perder a identidade pop-punk que o Phone Trio defendeu ao longo dos anos, “Sundae Tracks” traz quatro faixas sinceras, que fazem tributo ao passado da banda. Seja por falar da cidade natal, dos amigos que já se foram e de rolês que ficaram marcados na memória, a banda entrega músicas muito bem produzidas e finalizadas e prova que os caras são um dos tesouros da cena nacional.
A posição mais alta do nosso pódio fica com o trio por provar que o pop-punk nacional vive e a produção brasileira não fica devendo em nada para gringa. Só ficamos tristes em não poder ter visto as novidades sendo executadas ao vivo, por conta do cancelamento da tour do State Champs no Brasil, que levaria o Phone Trio como abertura
E aí, aprovam nossas escolhas? Deixamos de falar de algum lançamento?