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Phone Trio, Dinamite Club, Never Too Late e Zero To Hero em SP

Gabrielli Salviano e Michelly Souza

Nós esperamos por muito tempo e finalmente o domingo 20 de maio chegou. Com ele, é claro, o motivo da nossa ansiedade: quatro dos principais nomes do pop-punk nacional se apresentaram em São Paulo naquela tarde.

Brincadeiras à parte, Zero To Hero, Never Too Late, Dinamite Club e Phone Trio formaram um time de peso para competir contra um dos maiores eventos da cultura pop: o episódio final de Game Of Thrones. E por isso a presença de cada um na Full House Bar marcou, nas palavras do guitarrista Márcio Rodrigues, “mais um dia que vencemos a Netflix”, ou neste caso a HBO.

E vale registrar aqui: com casa cheia! A ocasião não poderia ser mais nobre. Simbolizava uma breve despedida do Phone Trio, para que o baixista Mateus Simões pudesse se dedicar à família, que está prestes a ganhar mais uma integrante.

A noite teve um line up diversificado, com bandas que entre si trazem influências de diferentes segmentos do pop-punk. Nós contamos mais detalhes sobre cada um dos shows abaixo: 

Zero To Hero

A missão de começar o mini festival ficou com os interioranos do Zero To Hero. Em sua segunda apresentação na capital, o trio entregou o prometido: um setlist recheado de novidades que vão fazer parte do disco de estreia dos caras, prometido para julho - ou talvez agosto, setembro, 2020… como brincaram no palco.

Além de apresentarem músicas já conhecidas como “Bathtub Barracuda”, “Made For Each Other, But Not Made To Last” e “The Future Freaks Me Out”, a banda trouxe as inéditas que prometeu para o Not Dead!

As novidades foram "TM31", faixa que deve dar nome ao debut; “Self Medication”, outra música surpreendente, com uma introdução bem pensada e letra extremamente sincera, potencializada por um vocal rasgado e “Emotional Flatlining”, para nós o destaque do set, pelas linhas de guitarra complexas, que nos lembra Tiny Moving Parts.

Assim como a estréia em novembro, a apresentação do Zero To Hero foi marcada também pelo bom humor dos integrantes entre uma música e outra e arrancou diversos elogios do público, seja de quem ainda não conhecia a banda ou dos veteranos da cena, como os membros do Dinamite Club e do Phone Trio, que mencionaram os caras no palco inúmeras vezes.

Never Too Late

O set da Never Too Late, segundo a própria banda, foi o último da era “No Return”. Ou seja, muito em breve mesmo poderemos ouvir ao vivo mais músicas que a banda tem trabalhado nos últimos dois anos.

As músicas da apresentação foram em maioria do álbum, mas com um toque do passado, com “Never Tell Me The Odds”, e de novidade, com “Disconnected”. Você pode conferir uma prévia da música abaixo:

Essa foi a segunda inédita que a banda liberou, em fevereiro foi a vez de "Maze". E essas prévias só fazem aumentar a vontade de ouvir o disco novo. O gosto de quero mais não ficou por conta apenas do CD que está por vir mas também pela duração do show. A nossa impressão foi que a apresentação foi curtinha, talvez até pela correria para manter o festival no cronograma correto.  Também sentimos falta de explorar possibilidades na noite, como um feat. com Gab Scatolin, presente na plateia, para coroar o fim dessa fase.

No mais, a banda nos entregou um show divertido e descontraído, que é característica dos caras.

Dinamite Club

A apresentação do Dinamite Club foi intensa, pra variar! Por mais que o protagonista da noite fosse o Phone Trio, era nítido que os paulistanos eram responsáveis por trazerem boa parte do público presente na noite, uniformizados com merch da banda e fiéis em todos os shows do quarteto.

Também um pouco prejudicados pelo cronograma, vimos na setlist que a banda cortou o momento acústico que havia prometido pra gente há algumas semanas. Mas por um lado o corte foi positivo, já que o show pedia energia!

O público cantou cada uma das faixas de um jeito fiel, especialmente os sons das antigas como “Obrigado”, “Substituído” e “Contra O Mundo”, saideira em que os fãs assumiram o microfone e deram mostra.

Phone Trio

Pra coroar a noite, o Phone Trio subiu ao palco fazendo um overview dos 15 anos de pop-punk. Começando a apresentação com “Hometown Meltdown”, os cariocas tocaram todas as quatro faixas do último EP, mas também capricharam na dose de nostalgia.

A dobradinha “Crystal Clear” e “Say Goodbye To London”, fez os fãs das antigas cantarem muito e se empolgarem com os sintetizadores da versão de estúdio, que nos deixam com muita saudade do som de 2010.

Os caras também exploraram bastante um dos momentos mais brilhantes da discografia do Phone Trio, o EP “Bonanza”, tocando as ótimas “Chair Tea”, “Barley Wine”, “King Of Me” e “Lincoln Center”. Mas também sentimos falta de explorar as possibilidades no palco, como convocar Bruno Peras do Dinamite Club para a faixa “Best Friends”.

Por outro lado, o Phone Trio surpreendeu ao atender o pedido de uma fã das antigas: rolou uma faixa extra de última hora, “Loves Me So, Loves Me Not”. O vocalista Sal Oliveira disse que cantaria um trechinho, achando que o baterista Rodrigo Galha não saberia tocar a música. Mas logo a banda toda entrou no clima.

A banda, que entra em hiato por tempo indeterminado, vai aproveitar a licença paternidade do baixista Matheus Simões para compor um full length. O Not Dead! está em alerta desde já para a novidade.

Não que fosse preciso mas o último domingo provou mais uma vez que há muita coisa legal rolando na cena e mais por vir. Então, se você ainda não foi a um show fique ligado no Not Dead! e nas redes sociais das bandas para não perder a próxima oportunidade.

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