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Faixa a faixa: Better Moments - Boys Of Fall

Gabrielli Salviano

O Boys Of Fall precisou passar por um período ruim, que ocasionou uma mudança de formação e o hiato da banda, para reformular a sua identidade e se reafirmar como um dos nomes exponenciais da cena americana. Depois de passar pela fase turbulenta, os caras, nativos de Detroit, acabaram de lançar “Better Moments” via InVogue Records. O álbum retoma a história interrompida em 2016.

Se antes os músicos flertavam mais com o easycore, típico de nomes como A Day To Remember e Chunk! No Captain, Chunk!, agora o disco novo conversa mais com o pop-punk, embora tenha seus momentos de peso. Líricamente, traz vivências pessoais dos principais compositores do grupo - o vocalista Michael Martenson e o guitarrista Jake Cemer. Nos versos, os integrantes desabafam principalmente sobre a negatividade que quase arrastou a banda para seu fim.

Para desvendar melhor cada faixa de “Better Moments”, convidamos Mike e Jake para um papo sobre o lançamento. Eles detalharam o que inspirou cada música do álbum. Veja abaixo:

“Something To Say”

Michael: É uma direta para quem parou de nos acompanhar e também para algumas pessoas que fazem parte da minha vida e que foram negativas em relação a mim no passado. A música é uma autoafirmação da banda: falamos quem somos, o que fazemos e o que vamos fazer. Nós realmente não nos importamos com o que dizem sobre isso.

Jake: É uma música muito transparente. É difícil porque ao compor você coloca toda a sua personalidade e muitas pessoas julgam, então é apenas o nosso posicionamento. É muito duro ter que receber feedbacks negativos, então essa faixa meio que abrange todos os nossos sentimentos sobre essa questão. A mensagem final é: independente do que falem, vamos continuar fazendo isso, porque amamos!

“Bad Company”

Michael: É sobre um ponto que você acaba chegando em qualquer relacionamento em que você percebe que acabou, mas fica de boa em relação a isso e se vê pronto para seguir em frente. É quando você percebe que a pessoa que você tem ao seu lado não é sua. Imagino que muitas pessoas possam se identificar com essa letra.

“Giving Up”

Michael: Essa tem uma vibe bem similar à música anterior. Na letra, eu tentei fazer algo diferente e escrever uma história, o que eu nunca tinha tentado fazer antes em uma música. Ela é bem influenciada por The Maine e Mayday Parade. É sobre você perceber que a pessoa ao seu lado não tem sentimentos recíprocos para você.

Jake: Tipo quando você percebe que está dando mais do que recebe em uma relação, seja ela romântica ou não.

“Arson”

Michael: Essa música é bem pessoal. Fala sobre o peso e a pressão e sobre como as palavras têm um grande impacto na vida de artistas. No fim do dia, música é uma opinião pessoal e muita gente parece esquecer disso. Essa faixa é uma metáfora sobre o caminho que as bandas precisam passar quando elas decidem fazer algo que significa muito para elas. “Arson” resume essa ideia, essa frustração, a dor que esse tipo de atitude traz. Eu sinto que a música foi a oportunidade prefeita de trazer isso à tona.

“Heartbreaker”

Michael: Ela mostra um lado diferente da situação de músicas como “Bad Company” e “Giving Up”. A letra conta o ponto de vista da pessoa que termina a relação, que acha que a outra pessoa não vale a pena e percebe que ela merece coisas muito melhores.

Jake: Ela me lembra muito o single que lançamos em 2017, “No Good For Me”. É uma música sobre relacionamentos tóxicos.

“Leaving”

Michael: É uma música conduzida pela emoção. Acho que qualquer pessoa que já passou por um relacionamento ruim, pode se identificar com essa faixa. É sobre perceber que você e a outra pessoa poderiam ter feito muito mais pela relação e terem sido melhores pessoas uma com a outra. A música realmente descreve esses sentimentos.

Jake: Pode parecer clichê, mas é como dizem: se você ama a pessoa, às vezes, deve deixá-la ir. Uma relação não deve levar em consideração apenas uma pessoa. E depois, é preciso superar a tristeza, para que seja positivo para as duas pessoas.

“Time Bomb”

Michael: “Time Bomb” é a música mais pesada do disco. Ela acaba mergulhando naquela mesma coisa de falar de pessoas tóxicas, do efeito delas em relações ou em pessoas próximas, de assistir a autodestruição delas. Em determinado momento, você precisa tomar uma decisão para saber se fica ou se você deve fugir antes que tudo exploda na sua cara.

“Deja Vu”

Michael: Você sempre vê os mesmos nomes e rostos no pop-punk quando a negatividade vem à tona. E algumas pessoas gostam de compartilhar comentários maldosos sem razão alguma. Nas vezes em que vi isso acontecer, percebi que já tinha passado por isso antes várias vezes. Essa música é uma metáfora sobre tudo isso.

“Finding Home”

Michael: Essa é muito pessoal para mim e para todos os caras da banda, porque escrevi sobre as pessoas com quem me relaciono. Escrevi para minha esposa e Jake escreveu para a noiva dele. A letra fala de quando estamos na estrada, fazendo o que amamos, de experienciar o bom e o ruim, conhecer o mundo e assistir a sua banda crescer. Mas também mostra o lado em que você percebe que não tem muita oportunidade de dividir isso com a pessoa que você ama.

Jake: Outro grande ponto sobre essa música é que se não fossem por essas pessoas, a gente não teria a oportunidade de fazer o que a gente ama e você sempre fica com medo de desapontar.

Michael: É definitivamente para mostrar que a gente é muito grato pelo apoio e que também sentimos essas dificuldades.

“Better Moments”

Michael: Por fim, em “Better Moments” falamos sobre os nossos sentimentos em relação ao fim da banda. Durante o nosso hiato, ficamos tão imersos em negatividade que meio que deixamos os melhores momentos escaparem. É basicamente sobre o tempo que eu gastei com a negatividade que poderia ter sido aproveitado de um jeito melhor. Essa música simboliza que, depois de passar por tudo isso, nós estamos muito mais gratos hoje em dia e prontos para aproveitar tudo que fazemos.

Jake: Também fala das coisas que abrimos mão ao longo dessa jornada.

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