Depois de mergulhar no passado e reviver momentos de glória, ao comemorar os 10 anos de "A Lesson In Romantics", o Mayday Parade absorveu muito de suas raízes e aplicou a nostalgia em seu sexto álbum de estúdio, "Sunnyland", que saiu nesta sexta-feira via Rise Records.
O novo compilado de inéditas consegue agradar fãs antigos da banda, que por algum motivo se afastaram do quinteto depois do lançamento do antecessor "Black Lines". Mas o que costuma ser um ponto de erro para muitas bandas, que depois de álbuns menos aclamados voltam a copiar si mesmas, não pode ser uma crítica à banda da Flórida. O Mayday Parade não entregou um disco 100% nostálgico, por mais que o passado fosse pauta, e conseguiu se reinventar de certa forma.
Fizemos um faixa a faixa para você descobrir o que esperar do álbum. Confira!
"Never Sure"
Quem estava com saudades do pop-punk clássico, rápido e apaixonado do Mayday Parade, já começa a criar expectativas a partir da primeira faixa. "Never Sure", que, inclusive, foi divulgada antes do lançamento, parece funcionar como um imã para atrair a atenção dos fãs antigos. Nela, a bateria de Jake Bundrick se destaca por conduzir o ritmo da faixa.
"It's Hard To Be Religious When Certain People Are Never Incinerated By Bolts Of Lightning"
Também divulgada antes do disco, a faixa ganhou um clipe que complementa a história do vídeo de "Piece Of Your Heart". A música também foi um bom imã de fãs antigos, que já começaram a ficar curiosos sobre a música quando a tracklist foi divulgada. O título gigantesco dela lembra bastante as primeiras faixas de sucesso da carreira do Mayday Parade. Já a música em si é raivosa e foi escrita após a eleição de Donald Trump. Começa na pegada, é rápida, urgente e conta com os vocais rasgados e embargados de Derek Sanders. É um dos destaques do álbum.
"Piece Of Your Heart"
O primeiro single é mais melódico, com letra extremamente apaixonada. Seu clipe é bastante simbólico ao mostrar a história de amor de um casal lésbico. Derek Sanders contou à RockSound que a ideia era trazer um casal no clipe de qualquer, mas que o guitarrista Alex Garcia lembrou que seria muito mais interessante se os protagonistas fossem meninas. A banda acertou nessa!
"Is Nowhere"
Ainda no clima do passado, o Mayday Parade entrega outra faixa rápida e urgente. No entanto, essa é mais rica, com boas bases de guitarra, e oscilante, com coros, momentos mais calmos, até terminar com piano, elemento que serve para uma boa transição para a próxima música.
"Take My Breath Away"
Aqui é ponto de virada do álbum, em que a gente se surpreende pelo fato de o Mayday Parade não ter recriado um disco do passado. "Take My Breath Away" é um acústico que abre espaço para muitas outras faixas nessa linha que vêm a seguir. Com um violão dedilhado, arranjo de cordas e com a voz suave e embargada de Derek em destaque, a letra ganha uma carga emocional em dobro.
"Stay The Same"
Essa faixa começa lenta e ganha força no refrão, com a pegada da banda toda e a interpretação de Derek, claro. A letra ganha destaque também, pois fala de nostalgia e sobre permanecer fiel às suas raízes e às suas crenças. O refrão é uma explosão de sentimentos.
"How Do You Like Me Now"
Traz fôlego ao álbum novamente e, ao suceder "Stay The Same", faz a ponte perfeita para conduzir a energia do álbum para cima. É uma faixa que consegue resumir bem a identidade do Mayday Parade, cujo maior destaque são as linhas de guitarra bem marcantes.
"Where You Are"
Mais uma acústica, que se destaca por ter o arranjo mais bem trabalhado do álbum. Conta com violão, piano e cordas, que vão se intensificando conforme a letra da música pede. É uma música sobre perder alguém e se ver em desespero, e Derek a conduz de um jeito angustiante. Em determinado ponto, a interpretação do vocalista vai ficando mais intensa e ele emenda versos, de um jeito inquieto.
"If I Were You"
Essa música pode entrar na categoria de faixas que grudam na cabeça por causa de um refrão poderoso. Também tem um ótimo riff de guitarra na ponte para o último refrão, que é um dos destaques nesse sentido no disco. Termina com um coro em diversas camadas.
"Satellite"
Mais na pegada do pop, “Satellite” é uma canção de amor conduzida por guitarras suaves que vai ganhando força conforme a música vai evoluindo. Também é uma boa surpresa que que encontramos no álbum.
"Looks Red, Tastes Blue"
É um dos destaques do disco e uma das músicas que mais remetem à estética antiga do Mayday Parade, já que além de seguir a estrutura dos clássicos da banda, nela Derek divide os vocais com Jake, embora de um jeito mais tímido. Tem uma letra bastante forte, sobre pensamentos negativos, tristeza, distância e saudade e ter que lidar com tudo isso. A metáfora do título é a melhor maneira de descrever a mensagem da música.
"Always Leaving"
A melhor forma de resumir essa letra é falando que é um poema musicado. A letra usa métricas perfeitas e figuras de linguagem, como paralelismo. É uma letra sobre não estar presente, nunca pertencer ao mesmo local e estar sempre indo para um outro lugar, ou seja, basicamente a vida dos músicos. Além de ser emocionante por si só, vem acompanhada de um violão dedilhado e conta com uma interpretação impecável de Derek. Sua voz é colocada de um modo suave, de modo a parecer uma lamentação. Com certeza, é uma das melhores surpresas do disco.
"Sunnyland"
A faixa que dá nome ao disco é mais uma volta ao passado. Segundo Derek Sanders à RockSound, Sunnyland é um hospital abandonado em Tallahassee que ele costumava frequentar quando era adolescente. A letra é carregada de vivências do vocalista e fala sobre coisas que você não pode recuperar do passado.
Se você ainda não ouviu e ficou com vontade de escutar “Sunnyland”, não espere mais e dê play agora! Se já ouviu, conte pra gente o que você mais gostou do álbum!
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