Se perguntarem para a gente quais foram as bandas que mais se destacaram no ano passado, a resposta é fácil e vários nomes vêm à mente, seja por um bom disco ou por uma estreia de peso. O Stand Atlantic com certeza está no meio. Depois de lançarem um ótimo EP em 2017 (“Sidewinder”) e de chegarem em 2018 com tudo com o debut “Skinny Dipping”, os australianos marcaram o seu lugar como um dos nomes que mais devem se consolidar.
Essa grande despontada do Stand Atlantic entre os anos passado e retrasado se deve especialmente a dois trabalhos. O primeiro é um EP que fez o trio ultrapassar as barreiras da Austrália, “Sidewinder” (2017), e que marcou a parceria do trio com a Rude Records, selo inglês. Essas músicas, por sua vez, abriram espaço para que a banda divulgasse suas próximas composições em um selo maior, a Hopeless Records, com o debut “Skinny Dipping” (2018).
Quem se interessa pelos singles dos virgins e procura conhecer mais da discografia, se depara com apenas esses lançamentos em uma pesquisa mais óbvia nas plataformas de streaming. No entanto, a história do Stand Atlantic vai um pouco mais além do que estamos acostumados a ouvir a partir de 2017. A banda, na verdade, surgiu como um quarteto na cidade de Sydney em 2014. A história é parecida com a de muitos nomes por aí: os integrantes se conheceram na escola, se aproximaram pela afinidade musical e passaram a tocar juntos, inevitavelmente.
Ao que sabemos, a vocalista banda, Bonnie Fraser, toca guitarra em bandas independentes desde os 12 anos de idade, apesar de só ter começado cantar aos 17. Na época do início do Stand Atlantic, ela tinha um projeto acústico e tocava em um grupo de meninas na escola.
Em entrevista ao podcast In The Pit!, ela contou que algumas músicas que ela escreveu no passado ainda podem ser encontradas na internet. Em um dos projetos ela chegou a criar uma página para compartilhar músicas, mas hoje em dia não lembra da senha para deletar as faixas, que ela diz serem bem ruins. Mas se você quiser pesquisar um pouco mais sobre a carreira da cantora, tente buscar mais sobre a banda Wampus. A gente não encontrou nada, mas você pode ter mais sorte!
Já o atual baixista da banda, David Potter, dedicava-se a uma faculdade de engenharia de softwares ao mesmo tempo em que tocava na banda. Só que na verdade o cara detestava o curso e não tinha muitas habilidades na área, então largou para focar na vida pela estrada.
Mas de volta ao Stand Atlantic, inicialmente conhecido como What It’s Worth, a banda começou a firmar sua identidade logo no primeiro ano. Começamos a falar isso pela própria formação. O projeto começou com Bon nos vocais e guitarra e Potter no baixo, mas tinha Jordan Jansons na bateria e Arthur Taak como guitarrista também.
Foi com essa formação que os australianos se apresentaram ao mundo, com o single “Breakaway”. A música é uma faixa ainda bem crua e cheia dos clichês do gênero, como pode se esperar da primeira gravação de uma banda. Mas mesmo assim já dá para notar o direcionamento pop-punk do grupo e a extensão dos vocais de Bon, que chega facilmente às notas mais altas. A faixa também tem um refrão bem catchy que gruda na cabeça.
“A Place Apart”
Mas ao final de 2014, o Stand Atlantic começou a fazer os primeiros ajustes na sua formação para entrar em estúdio em meados de novembro, quando começaram as gravações de seu primeiro EP, que muitos fãs desconhecem a existência - “A Place Apart”, lançado de forma independente.
A primeira mudança significativa foi a saída do baterista e a entrada de Jonno Panichi. Ainda como um quarteto, a banda entrou em estúdio e começou a trabalhar com gente que já somava experiência com bandas de pop-punk na Austrália, como Dave Petrovic, que mixou “A Place Apart” e já havia trabalhado com o Tonight Alive e o Hands Like Houses.
E aí o Stand Atlantic começou a fazer mais barulho na cena local. O single escolhido para divulgar o EP foi “Wasteland”', divulgado em abril de 2015. Com o single e “A Place Apart” já dá para notar uma melhora na qualidade fonográfica da banda, com melodias mais valorizadas pela produção e uma vibe menos pop, graças a uma melodia mais sombria que lembra até “Wasting Away” do Tonight Alive. Esse trabalho foi responsável por fazer a banda ganhar projeção, ao abrir apresentações do As It Is, State Champs and Young Lions.
“A Place Apart” ainda é formado por outras faixas como “Tonight We Stay” e “Paper Skin”, uma baladinha acústica mais doce, que ganha aos poucos um toque de percussão. A faixa, apesar de ser bonitinha, tem umas mudanças bruscas de melodia e algumas inconsistências no violão, mas dá uma ideia do que viria pela frente com “Push” de “Sidewinder” e até “Toothpick” de “Skinny Dipping”, por exemplo, que mostram uma aventura musical dos australianos.
Outra faixa perdida dos velhos tempos do Stand Atlantic é “Just Like You”, música que só encontramos uma versão ao vivo, em um show da banda em Gold Coast, na Austrália.
O resto é história: a consolidação da banda como trio, a gravação de “Sidewinder”, a parceria com o produtor Stevie Knight e as massive tours com bandas como o próprio New Found Glory, que levaram a banda a ser umas das maiores promessas da cena gringa atualmente.
Você chegou a conhecer a primeira fase do Stand Atlantic? O que achou das músicas?
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