Se a Warped Tour não vem até nós, a gente dá um jeito. É só reunir algumas bandas brasileiras de pop-punk, convocar uma galera que esteja afim de ouvir o som, preparar um bom repertório e pronto! Você tem um festival praticamente nos mesmos moldes.
Foi seguindo essa lógica que rolou nesse fim de semana a quarta edição da Uarp The Thur. Dessa vez, o pequeno festival aconteceu na Augusta 339, em São Paulo. Entre as bandas que se apresentaram estavam o Sallys Home, o E U : M A Q U I N A e a Never Too Late.
Para completar seleção e fechar a noite, rolou também o Pop-Punk All Stars: uma banda sem formação definida que variava entre integrantes do Dinamite Club, do E U : M A Q U I N A e da Never Too Late.
Perdeu e quer saber como foi? Nós contamos um pouco do que rolou.
Sallys Home
O Sallys Home veio de Jundiaí para tocar no festival. A banda surgiu em 2008 e desde então lançou dois EPs e um full length. Pelo show, cheio de músicas rápidas, os caras deixaram claro que têm como suas maiores influências bandas de hardcore melódico. Não é a toa que eles fizeram um cover de Face To Face e tocaram a faixa "Disconnected", que teve até participação de Gab Stacolin, do E U : M A Q U I N A.
E U : M A Q U I N A
Em seguida, quem subiu ao palco foi o E U : M A Q U I N A, um dos nomes mais novos da cena brasileira, que surgiu nesse ano. Mesmo sendo uma novidade, os caras fizeram um show cheio de qualidade. Isso se explica pelo fato de a banda contar com integrantes já com muita história na música, já que alguns membros tocam no Dinamite Club ou então já passaram pelo Cueio Limão. Isso sem falar do papel do vocalista e guitarrista Gab Stacolin como produtor. Entre os sons, eles tocaram sons autorais, como a faixa "Testando a Resistência" e um cover bem inusitado de "Beautiful", da Christina Aguilera.
Never Too Late
Depois, quem assumiu a Uarp The Thur foi a Never Too Late, nome que vem se destacando na cena devido à presença crescente em festivais grandes, como o Oxigênio Hardcore Fest e o Festival Buzina, sem falar de shows importantes, como o do Four Year Strong. Entre sons autorais e covers de bandas como Seaway e Real Friends (coisa que só eles fazem), a apresentação seguiu leve, divertida e intimista, como sempre é.
Pop-Punk All Stars
Thank God For Pop-Punk Bands! Logo em seguida, ainda com os instrumentos da Never Too Late, os músicos presentes se revezaram no palco para tocar os clássicos do pop-punk de todos os tempos. O critério era simples: subia ao palco quem lembrava como que tocava as músicas escolhidas na setlist.
Entre a seleção estava sons desde New Found Glory, Yellowcard, Green Day, blink-182 (que é obrigatório), Jimmy Eat World e The Starting Line até sons mais novos como The Story So Far, All Time Low e uma tentativa de "In Bloom", do Neck Deep.
Resumão
Acho que Kevin Lyman, o fundador da Warped Tour, aprovaria o evento. Afinal, toda iniciativa com o propósito de fortalecer uma cena independente é mais que bem-vinda. Mas se tratando da Uarp The Thur, o que mais vale a pena destacar foi a boa vontade de quem saiu de casa para curtir bandas pequenas e também o clima de amizade que rolou entre os músicos. Já fica até a dica: não perca o próximo!