O Canadá é cheia de bandas brasileiríssimas! Além do Dear Youth, que conta com um baixista nascido em terras tupiniquins, o Chief State também é uma banda que tem lá certa relação com nosso país.
Pra você ter ideia, quando abordamos a banda para dar uma entrevista exclusiva ao Not Dead!, o vocalista Fraser Simpson foi tão receptivo que conversou com a gente em português, língua que aprendeu por causa da namorada, que nasceu no Brasil.
A banda é um dos expoentes da cena canadense de pop-punk e, atualmente, se prepara para lançar músicas inéditas e continuar fazendo shows por aí. Então nós decidimos conversar com os caras para entender mais sobre a história do Chief State e te deixar por dentro das novidades (além de um papo sobre o Brasil também, claro!).
Confira abaixo:
Not Dead!: Pra começar, queremos saber mais sobre como a banda começou.
Fraser Simpson: Na coluna de “corações solitários” da Craigslist (classificado popular no Canadá) (risos). É brincadeira! Na verdade, eu sabia que estava me mudando para o Canadá, então comecei a procurar por músicos no Craigslist. Mandei e-mails ali e acolá pra algumas pessoas e quando cheguei, já tinha uma banda formada. No começo, não deu muito certo e o Nik é o único membro remanescente dessa época. Então nós dois trabalhamos em algumas músicas e, no outono seguinte, conhecemos Chris. Justin entrou na banda logo depois e então o Chief State começou a trabalhar a todo vapor. Tivemos algumas mudanças no baixo, mas o Joe teve um “clique” com a gente e permaneceu.
Not Dead!: Como o interesse de vocês por música começou?
Fraser: Fui muito influenciado pelo meu pai. Ele não era músico, mas cresci ouvindo todas as bandas punk dos anos 1970 que ele amava. Lembro de sempre desejar ser o guitarrista de uma banda. Eu ganhei o meu primeiro instrumento aos 12 anos e comecei minha primeira banda aos 13.
Nik Pang: Também começou pelos meus pais, com certeza. Minha mãe sempre ouvia um rock mais leve dos anos 1980 e 1990 no carro, mas eu nunca me apeguei a nenhuma delas até quando um amigo meu me mostrou “American Idiot” do Green Day. Eu era muito novo e pensei que aquela música era demais porque tinha um monte de palavrões nela. Me senti muito rebelde. Ganhei meu primeiro violão alguns anos depois no Natal e não parei desde então.
Not Dead!: Vocês já lançaram dois EPs e neste ano divulgaram um novo single. O que mais podemos esperar do Chief State em 2019?
Fraser: No momento, estamos gravando músicas novas, que esperamos lançar no segundo semestre. Quem se interessar, deve seguir a gente nas redes sociais porque vamos deixar todos avisados sobre os próximos lançamentos em nossos perfis.
Not Dead!: Que tipo de bandas, situações e experiências inspiram o Chief State hoje em dia?
Fraser: Somos fãs de pop-punk, seja a nova geração ou a antiga. Existem muitas bandas que estão arrebentando hoje em dia, muitas até pra citar aqui: Real Friends, The Story So Far, Grayscale, In Her Own Words, Seaway, Belmont, Woes, a lista continua… Agora em temas, eu diria que nossas vidas, nossos vinte anos, relações e experiências pessoais que inspiram nossas letras.
Not Dead!: E falando nisso, como acontece o processo criativo da banda?
Fraser: Nós não temos nenhum tipo de rotina estabelecido. Às vezes, eu e o Nik trazemos uma música que está pronta ou feita pela metade. Com o resto da banda, tentamos adicionar novas partes ou desenvolver o que já existe. Às vezes, também ficamos fazendo jams, o que já resultou em uma música.
Not Dead!: Se vocês pudessem escolher um momento marcante da banda, qual seria?
Fraser: Tivemos momentos incríveis, como quando abrimos shows do Seaway, que foi incrível! Outro momento legal, foi quando saímos em tour com o Belmont e o Such Gold, que foram momentos super divertidos. Assinar o nosso primeiro contrato com uma gravadora foi algo que sempre desejamos desde a formação, então quando atingimos foi muito satisfatório! Agora, estamos prestes a tocar numa casa grande como abertura do The Wonder Years, então aposto que essa vai entrar pro top também.
Not Dead!: Como é a cena de pop-punk no Canadá?
Fraser: Parece estar muito mais vibrante do que estava há uns três anos, especialmente em Vancouver. Nós temos diversas bandas, algumas já estabilizadas e outras vindo forte. Nomeia-te do país, tem Seaway, Bearings, Dear Youth, Carried Away, Harbour. Out West we have us, Calling All Captains, Youth Fountain, Living With Lions, Swear Jar, Chase Your Words, Nicolas Rage, Bellevue, Alone I Walk, Tulsy Pl, Anchorage Blue, para nomear só algumas. E elas representam apenas o pop-punk, porque ainda existem bandas incríveis do indie, hardcore e hardcore melódico.
Not Dead!: Pra finalizar e descontrair, sabemos que você, Fraser, namora uma brasileira, então queremos saber: ela te apresentou bandas de pop-punk ou outro tipo de música do nosso país? Quais são seus artistas favoritos?
Fraser: Infelizmente, ainda não fui apresentado pra nenhuma banda de pop-punk. Mas ela me mostrou samba e eu amei, mas não sei dançar. Eu realmente gosto de Seu Jorge, a música dele é como se fosse um respiro entre as coisas mais pesadas que ouço.