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Hurry Up e Dinamite Club: Empatia Tour

Gabrielli Salviano e Michelly Souza

“Empatia” é, segundo o dicionário, a capacidade de se identificar com outra pessoa e de sentir o que ela sente. Para o Hurry Up, é também o título do segundo trabalho de estúdio dos caras, que resume bem a dinâmica de composição na banda.

No último sábado, a banda de Americana veio para a capital fazer uma apresentação intimista ao lado do Dinamite Club. E o que deveria ser apenas o show lançamento do álbum dos paulistas na capital, se tornou também um daqueles momentos em que somos lembrados do real sentido de fazer parte de uma cena.

As portas do Estúdio Aurora abriram às 20h, mas, para a surpresa dos próprios músicos, desde às 18h já havia quem estivesse esperando para entrar. Vale lembrar que aquele foi mais um fim de semana chuvoso para os paulistas e a presença a galera desde cedo foi marcante.

O pré-show foi marcado por momentos de descontração, como se todo o público reunido ali tivesse sido convidado para acompanhar um ensaio particular das bandas da noite. Entre cervejas e conversas, o clima era de reunião de amigos, até que finalmente chegou a hora de entrarmos para ver o Hurry Up em ação.

Antes de tocar o primeiro som da noite, “Rainy Nights, Summer Sunlight”, os interioranos fizeram questão de ressaltar a importância de eventos como aquele. A apresentação seguiu entre faixas inéditas como “Sundays” e “Hurry Up Life Won’t Wait”, algumas mais antigas como “American Field Service” e muitas zoações. A animação foi tanta que o baterista Claudio Cestare precisou ter uma parte do equipamento trocado, já que os caras levaram a história de “quebrar tudo” à sério!

Rolou também espaço para falar de assuntos importantes. Como falamos em nosso especial de melhores lançamentos, o tema do disco abre diálogo sobre temas como depressão e intolerância. Em diversos momentos do show os caras chamaram atenção para a necessidade de estar ao lado dos amigos e buscar ouvir o que os outros têm a dizer.

O Hurry Up também lembrou do poder que a música tem em momentos difíceis. Agradecendo mais uma vez o show chegou ao fim ao som de “My Chords, My Life” e, enquanto o estúdio era preparado para receber o Dinamite Club, nós tomamos conta da sala ao lado para realizar uma entrevista exclusiva que você confere em breve.

“Os caras estão ‘tudo’ afrontoso, só porque estão com disco que vai ganhar Grammy na pista”. Foi assim que começou nossa conversa, com Bruno Peras, frontman do Dinamite, brincando com companheiros de palco.

E falando dos paulistas, quem acompanha os caras sabe que o show é sempre carregado de emoção. Dessa vez não foi diferente. A missão de fazer os olhos da plateia encherem de lágrimas geralmente fica com o guitarrista Márcio Rodrigues que, na ocasião, dedicou alguns minutos para enaltecer aqueles que “trocaram a Netflix” para estar ali, fortalecendo a cena.

O momento mais emocionante da noite foi com “Você É Maior. A letra escrita por Márcio sempre teve destaque nos sets da banda e hoje tem significado ainda mais especial para os membros que no ano passado perderam o companheiro de palco, Leon Martinez. O discurso que antecede a execução da faixa hoje traz homenagens ao amigo, que nessa semana ganhou homenagem em forma de clipe.

A novidade foi anunciada pela banda neste momento, fazendo com que todos ali começassem a criar bastante expectativa para conferir logo o tributo que a banda preparava para o aniversário do antigo guitarrista.

Mas o destaque da apresentação do Dinamite foi o fato de que a maioria dos presentes ali quis dividir microfone com a banda, mas de forma respeitosa. Em músicas como “Contra Todos” foi possível notar isso. Essa interação foi tão intensa a ponto de a banda querer trazer um música extra no setlist, “Mandrill”, para cantar ao lado de um dos vocalistas do Hurry Up, Lucas.

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