O tema do novo álbum do WSTR pode ser “crise de identidade”, mas para o vocalista da banda de Wrexham, Sammy Clifford, esse é o primeiro trabalho da banda com 100% de identidade. Isso porque, pela primeira vez, os caras se permitiram colocar todos os sentimento e opiniões nas músicas, sem se preocupar em agradar ninguém ou em fazer o som bombar.
Em “Identity Crisis”, o WSTR incorporou uma atitude mais rock n’ roll nas letras e melodias, trazendo também influências do rap, mas sem abandonar sua identidade inicial. Mas algumas coisas, continuam iguais. Por exemplo, a parceria de longa data entre Sammy e o produtor Seb Barlow, que calha de ser irmão do vocalista do Neck Deep, Ben.
Agora, com o novo álbum, a banda começa a se desenvolver como uma das promessas da cena e dá start ao sonho de conquistar fãs em outros países, a começar pelos Estados Unidos, em uma tour com o Stand Atlantic, o Trophy Eyes e, claro, o Neck Deep, que acabou de ser concluída. Mas termina por aí? Não! Os caras também estão na estrada com o PVMNTS, a banda de pop-punk de Tyler Posey.
Sammy Clifford arranjou um tempinho nessa tour para responder algumas perguntas do Not Dead! sobre “Identity Crisis”. Veja o papo completo abaixo:
Not Dead!: Oi, Sammy! Pra começar, queremos saber como que está sendo o feedback do novo álbum.
Sammy Clifford: Nós ficamos muito surpresos com o feedback. Parece que as pessoas estão realmente se conectando com esse trabalho e eu sinto que nós estamos construindo um exército!
Not Dead!: Que mudanças conseguem ver em vocês mesmos, pessoalmente e musicalmente, se compararmos ao disco antecessor?
Sammy: Eu sinto que existe muito mais personalidade no álbum, o que está permitindo que a gente se desenvolva como nós mesmos. O “Identidy Crisis” nos deu muita confiança para mostrar a nossa cara com uma atitude rock n’ roll e fazer com que a gente seja o que queremos ser.
Not Dead!: Conta pra gente um pouco mais sobre o processo de criação e gravação das novas músicas. Quanto tempo levou para reunir todo o material?
Sammy: Nós escrevemos bem rápido. Na verdade, a gente nem pensou muito nisso, porque o álbum apenas fluiu. Mas gravar os vocais levou um tempinho, porque fiz isso com meu amigo Seb (Barlow, produtor), então nós tivemos um pouco mais de liberdade para tomar o tempo que precisávamos até conseguir o melhor que eles poderiam ser, além de dar o máximo de sentimentos para eles.
Not Dead!: Quais objetivos vocês queriam alcançar com o “Identity Crisis”? Acham que conseguiram chegar lá?
Sammy: Na verdade, não definimos nenhuma meta. Apenas progredimos naturalmente e quisemos mostrar isso para todo mundo. Então acho que a gente conseguiu alcançar isso sim!
Not Dead!: Falando das músicas, nesse álbum nós encontramos um lado diferente do WSTR, já que vocês decidiram falar sobre a sociedade e seus hábitos comuns. Como e por que vocês sentiram que estavam prontos para falar desses novos temas?
Sammy: Eu quis dar a esse disco mais de mim. Nos trabalhos anteriores, eu dei mais do que eu achava que poderia soar legal ou inteligente, ou então o que eu pensava que as pessoas estavam com vontade de ouvir. Agora, eu me senti pronto para me expressar de fato.
Not Dead!: E como que vocês decidiram quais músicas deveriam divulgar como singles? Aliás, como vocês chegaram nos conceitos dos clipes?
Sammy: Escolhemos “Bad To The Bone” como a primeira porque a gente sabia que as pessoas iriam questionar isso. Foi tipo pra fazer um jogo com o público. Depois, nós lançamos “Crisis” no meio porque ela é um pouco mais pesada e iria trazer as pessoas de volta. Então, simplesmente lançamos “Silly Me” um pouco antes de divulgar o álbum.
Em nossos clipes, nós trabalhamos com alguns diretores ótimos e os conceitos surgiram muito facilmente. Para o vídeo de “Crisis”, nós decidimos fazer de um jeito mais DIY porque a gente queria aquela cara de coisa antiga. Também achamos que o roteiro combinou com a letra da faixa e com o tema de crise de identidade que o álbum tem.
Not Dead!: Quais artistas ou gêneros vocês estavam ouvindo enquanto estavam no processo de criação das músicas? De alguma forma, acabou influenciando no resultado final?
Sammy: Nós todos ouvimos coisas muito diferentes enquanto estávamos escrevendo esse álbum. Foi desde My Chem a Lil Uzi Vert, Migos, Post Malone e Arctic Monkeys. E a gente definitivamente conseguiu uma vibe mais rock nesse disco do que em nosso antecessor.
Not Dead!: Além da música, vocês também se influenciaram em outras coisas de fontes diferentes?
Sammy: Sim! Eu estava assistindo muitos filmes bregas dos anos 1980, e eles me ajudaram a chegar em temas e tons de guitarra, entre outras coisas. Foi bem divertido.
Not Dead!: Mudando um pouco de assunto, existe muita comparação e até memes sobre o WSTR e o Neck Deep. O que você acha disso?
Sammy: (Risos) Eu não ligo muito pra isso. Nós somos grandes amigos e, também, grandes fãs uns dos outros, então é meio que tanto faz.
Not Dead!: Sim. De qualquer forma, vocês são parceiros de longa data. Como essa relação surgiu?
Sammy: A gente cresceu não muito longe uns dos outros. Somos de uma cidade pequena e não havia muitos músicos na área. Acho que foi tipo o destino.
Not Dead!: O fato de ser uma banda próxima do Neck Deep ajudou vocês a se consolidarem na cena e na indústria?
Sammy: Não dá pra saber… É muito mais provável que pelo menos tenha ajudado a gente a ser mais notado lá no começo. A gente prefere pensar que é mais por causa da música.
Not Dead!: Voltando a falar do Seb Barlow, irmão do Ben do Neck Deep, como vocês notaram que tinham um bom match musicalmente?
Sammy: Eu tenho escrito músicas com o Seb há anos e nós estávamos juntos em nossa primeira banda. A gente sempre teve aquela fórmula.
Not Dead!: Podemos dizer que ele está começando a construir uma sólida carreira para se tornar referência no gênero?
Sammy: Sim, eu acredito que a gente pode afirmar isso tranquilamente. Ele é um cara muito inteligente!
Not Dead! Como uma banda relativamente nova, como vocês enxergam o pop-punk hoje? Quais são os maiores desafios em fazer parte dessa cena e quais são as melhores partes?
Sammy: Eu acho que a cena já chegou no teto e agora vai ser sobre aqueles que vão explodir e sobre os que não vão. Qualquer banda começa em um nicho e cresce junto de outras. No nosso caso, aconteceu de ser na cena pop-punk. Fizemos grandes amigos e é como uma grande família. Tenho amado fazer parte disso!
Not Dead!: Pra fechar, queremos falar sobre um futuro mais próximo. Como será em 2019?Sammy: Ainda é um segredo, mas tenho certeza que vocês ainda vão ver a gente por aí.
Agora dê um play no "Indetity Crisis":
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